terça-feira, 24 de novembro de 2009

enquanto isso um poeta sai numa aula de antropologia há alguns meses atrás e, abruptamente, diz

e tudo é tão mais cruel do que se imaginava, tão dilacerador sem
trégua, inexoravelmente, uma dor, uma cruz.
as rodas dos falsos intelectualóides me irritam
é uma ira branda, guardada em um recanto
"somos milhões..."
não me aguento mais
vou sair
não, não vou
ficar e escutar a batida dos músculos
ou os sambas na memória
"conseguiram alguns avanços..."

eu peço: parem!
ninguem me escuta.

João Pessoa, meados de maio de 2009
L.

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