sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

texto em 3 dias. fim: 5 da manhã.

Me esforço muito pra ser feliz, porque a felicidade se transformou, pelo menos pra mim, não apenas numa sensação prazerosa e num verdadeiro estado de espírito de alegria perene, mas também agora consiste em uma batalha árdua, como um prêmio, uma vitória numa guerra. Digo que neste ofício sou muito bom, porque, quando a causa não te enfada, tudo vira mais fácil. Buscar a felicidade virou rotina e é bom passar todos os minutos do dia, tentando, cada vez mais, apesar de todas as constantes adversidades, ser mais feliz. E eu sou feliz.
Evito o pranto, evito a dor. Tudo isso não só me cansa, como cansa aos outros. Mesmo que eles me invadam com toda uma força jamais depositada, os ignoro indiferente, procuro o bar mais próximo, o amigo mais engraçado, o melhor livro da estante. Assim, me sinto, realmente, muito feliz.
Tentar fazer os outros felizes também é uma grande receita. Particularmente, o altruísmo é uma grande fonte dos meus sorrisos mais solitários. A tristeza do próximo dói, mas, como falei, o segredo é não deixar isso tomar conta, permanecer estagnado na alma...
“tristeza, por favor, vá embora...”
Tudo que me transforma em mártir logo extirpo dos meus planos e do meu âmbito de convivência, e sempre falo que a escala de valores deve ser seguida sem base nas circunstâncias, porque tudo que é mais importante pra você é sempre constante e serve pra qualquer conjuntura.
Um pouco de desorganização sempre é bom. É quando você reflete que nem sempre seus problemas são os maiores do universo e que existe gente que sofre mais que você, e é mais feliz que você. Pelo aspecto de que a felicidade consiste em um verdadeiro triunfo, é mais um fator que nos determina a alcançar.

“Cadê teu repi...”
Cantar e fazer um sambinha sempre é bom. Uma cervejinha nunca é demais também, mas o melhor é a prosa. Pra mim, saber prosear é a arte mais difícil que um homem pode fazer. Nela, reside a habilidade de fazer amigos, de conquistar uma galera e de gerar extensas gargalhadas.
Sinceridade, em demasia, é um grande pecado. Que me perdoem os eclesiásticos, religiosos fundamentalistas, mas, ela, a sinceridade, destrói muita coisa, é pedra na estrada de muita gente, quando é compulsória. Não que seja uma exortação para contarmos mentiras de maneira desbravada. O caminho do equilíbrio é a maior sacada da vida.
Poderia escrever mais um balde de linhas (por que ‘balde’, hein?), mas dá preguiça. Inclusive, agitação demais é ruim. Dá uma paradinha marota na cama e olhar pro teto, por bastante tempo é... no momento, sem adjetivos, hehehe.
E amor.

“amor da cabeça aos pés...”
L.
João Pessoa, 16 de Janeiro de 2009

Um comentário:

NayanaFerreira disse...

"caminho do equilíbrio é a maior sacada da vida"

Agora fiquei sinceramente pensando sobre isso, é uma grande sacada sim, só não sei se quanto a sinceridade..vou continuar a pensar.