quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

antigo, perdido...

Meu grande sonho sempre foi viver de poesia e, neste exato instante, metodicamente citado, mas sutilmente vivido, aguça-me mais ainda essa vontade, esse desejo de viver de arte. Escuto "Samba da Bênção". Na verdade, escuto ela todos os dias. Quem conhece a música sabe do que estou falando... "Ponha um pouco de amor numa cadência e vai ver que ninguém no mundo vence a beleza que tem num samba, não."

E talvez nem seja apenas pelo prazer, até porque ser boêmio e ser do tipo de achar que tudo é muito bonito, muito artístico, tem muito de funcionalidade também. Quebra esteriótipos, consola, afloram-se virtudes, e a filosofia é cada vez menos barata. Além do que a menina mais bonita da cidade nem sempre é a que você gosta, porque nem sempre ela é a mais interessante, e de repente, por causa dessa parada de encontrar a felicidade na arte, começa-se a se perceber algumas coisas tipo isso. Nem sempre o seu sonho é uma concepeção, mas uma metamorfose estagnada na tua mente, mas que oscila no tamanho, no espaço, sei lá... e muitas vezes até dá uma guinada total que parece que não foram apenas os alvos que trocaram, mas outra pessoa nasce no meio da adolescência ou mesmo aos 30, 40, e aí vira uma loucura. Analisando, sem tanto preciosismo, a normalidade é fatigante, e, acima de tudo, uma grande mentira.

L.
João Pessoa, 16 de Janeiro de 2009

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