Na hora que a gente tem mais vontade de escrever, geralmente, não sai nada. O jeito é apelar para a metalinguística, falando, de maneira vã, sobre a apatia momentânea para a arte de colocar algumas poucas, reles e talvez até bonitas (quem sabe) idéias no papel (ou tela de computador). Inclusive, a beleza é muito relativa, como tudo nessa vida... que é boa pra uns, má pra outros; feliz, triste. E nem sempre a opulência material é o bastante pra tornar alguém digno de felicidade, é preciso encontrar o sentido. E se não existe sentido? Eu acho que realmente não há. O tempo da gente é muito mais poesia, é muito mais vento e as cinzas de um cigarro. Triste do brother que é só alvoroço. "E lá um belo dia, o infarto, ou pior ainda, o psiquiatra"
E o sentido? Cadê? Dane-se! O sentido só traz a patologia crônica de todos os dias...
Voltando pra metalinguística: acho que todos os dias escrevo sobre a mesma coisa. Ou não. Minha elucidação dos meus próprios textos são sempre iguais talvez.
Nenhum P.S.
Vou dormir.
Lafayette Gadelha
João Pessoa, 28 de Dezembro de 2008
sábado, 27 de dezembro de 2008
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
chegou de novo.
Hoje nem parece Natal. Não sei se essa minha impressão deveras peculiar vem do meu asco à data ou faz parte da circunstância: parece que ainda vou ter que estudar muito ainda. Achei que aquela maratona de fazer contas e mais contas, ler sobre unificação alemã e saber o que é que a hipófise faz, tudo isso nunca ia acabar, logo não ia ter Natal, nem Ano Novo, só vestibular. Percebi agora que tudo parou: posso acordar a hora que quiser, ler o que eu quiser, finalmente, aceitar os convites incessantes de Derek para ir ao Happy Hour do Dona Branca. “Tudo muda e com toda razão”.
Mas pra mim, o Natal ainda é a festa hipócrita que sempre achei que fosse. Esse meu sentimento ímpar de liberdade não vai extirpar essa minha concepção. Pra mim, o Carnaval e o São João são muito mais cristãos que o Natal. Hoje, as melhores ceias natalinas estarão nas mesas das casas mais abastadas ou dos que poderão ter sua ceia. E aquele papo de ajudar a galera só fica na retórica mesmo... Incluo-me nesse cosmo de hipocrisia. Por isso cobro mais ainda de mim uma postura mais forte, mais radical, mas a sociedade vem e freia. Rousseau talvez não falasse merda, quando disse que a sociedade nos corrompia. Pra mim, é a grande verdade que nos rege. O mundo criou normas insensatas, existem leis absortas que, caso o homem não as cumpra, impele na marginalização de tal do convívio.
Não vou mentir: realmente, não gosto do Natal. Odeio musiquinhas natalinas que tocam no shopping center e aquele cenário com árvores de Natal e Papais Noéis em toda parte. Não é porque é Natal (fica provado, já que disse que não gosto nem um pouco da data), mas espero que sejamos mais altruístas, que vivamos sob a égide de que tem muita gente nesse mundo que sofre e que ajudar não é gesto de perda de tempo, nem pra chamar atenção. Feliz Natal a todos.
Lafayette Gadelha
João Pessoa, 24 de Dezembro de 2008
Mas pra mim, o Natal ainda é a festa hipócrita que sempre achei que fosse. Esse meu sentimento ímpar de liberdade não vai extirpar essa minha concepção. Pra mim, o Carnaval e o São João são muito mais cristãos que o Natal. Hoje, as melhores ceias natalinas estarão nas mesas das casas mais abastadas ou dos que poderão ter sua ceia. E aquele papo de ajudar a galera só fica na retórica mesmo... Incluo-me nesse cosmo de hipocrisia. Por isso cobro mais ainda de mim uma postura mais forte, mais radical, mas a sociedade vem e freia. Rousseau talvez não falasse merda, quando disse que a sociedade nos corrompia. Pra mim, é a grande verdade que nos rege. O mundo criou normas insensatas, existem leis absortas que, caso o homem não as cumpra, impele na marginalização de tal do convívio.
Não vou mentir: realmente, não gosto do Natal. Odeio musiquinhas natalinas que tocam no shopping center e aquele cenário com árvores de Natal e Papais Noéis em toda parte. Não é porque é Natal (fica provado, já que disse que não gosto nem um pouco da data), mas espero que sejamos mais altruístas, que vivamos sob a égide de que tem muita gente nesse mundo que sofre e que ajudar não é gesto de perda de tempo, nem pra chamar atenção. Feliz Natal a todos.
Lafayette Gadelha
João Pessoa, 24 de Dezembro de 2008
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