segunda-feira, 19 de maio de 2008

Batuca, bebe e beija...

...enquanto isso, o povo paraibano, principalmente, os que fazem parte de uma conjuntura que estamos bem distante dela, vivem sob ditaduras, genuínos holocaustos, a resignar-se a um Estado e a uma sociedade exludentes e indifirentes aos seus problemas, todavia possuem a rebeldia instrínseca, impossível de tomar controle e que, de maneira fugaz, explode, resultando em mais problemas que, infelizmente violam a segurança e os próprios valores.
Às vezes, encontro com Rosinaldo, menino de rua que aprendeu a se virar com um malabarismo de circo amador, mas é este que promove o seu "sustento" de garoto púbere, seus vícios e, quem sabe, um pão pra matar a fome, quando já está em seu limite. Ele trabalha no semáforo em frente ao Mercado de Artesanato, mas, esporadicamente, o vejo na sorveteria, onde lhe pago um sorvete e converso sobre seus estudos e sobre sua família. Ele é sincero e fala, apressadamente, sem dar pausas nos intervalos das palavras, que não vai muito a escola, mas está matriculado, em uma escola do município. Ao final da prosa, pede-me melindroso uns trocados e roupas velhas.
Talvez Rosinaldo, não saiba, mas ele é ludibriado, a toda hora, porque um dos homens que deveria lhe proporcionar necessidades básicas, que governa um Estado da República, batuca, bebe e beija.
A Paraíba carece de políticos de que se sintam mal, ao ver a situações como a de Rosinaldo, que seja instalada uma revolta que os tome e os façam dotados do espírito público mais verdadeiro. Afinal, o sofrimento gera a compaixão.

Um comentário:

Sem cláusulas disse...

Valeu Lassa :*** thats why i love u so
Iaiá