O mundo é feio, Joana,
Muito feio
Nem adianta você me falar nada
Nem peleje, Joana.
Porque, você é rica,
Come o que quer
E vive feliz
Você, Joana, não morreu.
Nunca foi ao morro
Mal as janelas abres
E pensas que sabe
Mas não, Joana, não sabes
Tu, Joana, és benquista
E pelos homens vista
Com desvelo e bons olhos
Não és feia como mundo
E não conheces a cor dos bancos da praça
Jamais viste o senhor que caminha nela
Ou o bêbado que dorme por lá
Oh, Joana, liberta-se e vê.
Também não estás só, Joana
Como tantas Marias e Anas
Além de outras Joanas
Que, pelo revés, não são uma Joana.
O mundo não é um mito, Joana
Como Drummond criou fulana
Como Alice e Cinderela
Ele nem é baile nem festa
E que é o mundo?
Ah!sei lá, Joana, pede a Deus
Que uma visão te dê
E palavras
Ah palavras! Onde elas estão?
Correm por aí, vagando
E Joana precisa delas
E de coragem
Você, Joana, bateu pino ontem,
Hoje, e baterá amanhã
Porque você não se machuca e é flor
No entanto, o mundo é feio, Joana.
Lafa
Meados de 2006, creio.
domingo, 5 de abril de 2009
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